06 - jun/16

ter flavio riachuelo

A retomada do crescimento econômico do Brasil será rápida e surpreendente. A previsão é do presidente da maior empresa nacional de moda, Flávio Rocha, da Riachuelo. Em entrevista gravada ao É Notícia, o empresário elogia as propostas apresentadas pelo governo federal e as diretrizes delineadas no documento “Ponte para o Futuro”, do PMDB. Para Rocha, a velocidade do reaquecimento da economia “depende da resposta que o Congresso Nacional dará ao pacote de reformas” do governo.

Com 40.000 colaboradores, distribuídos nas 27 unidades da federação, a Riachuelo atingiu a incrível marca de 35.000 lançamentos anuais de peças de moda – média de 100 por dia. Bateu recordes de inaugurações, em 2014, e de investimentos, em 2015. Neste ano, entretanto, a empresa que é dona da maior fábrica de confecções do mundo, em Natal (RN), pisou no freio.

Mas a empresa aguarda apenas uma sinalização para voltar a investir. “Me incluo nesse grupo que está esperando essa troca de sinal de que nós vamos realmente ser um país ‘normal’, um país orientado pelo binômio da prosperidade, que é democracia e livre mercado, para voltarmos a investir com tudo!”, garantiu, na entrevista.

Na entrevista, o empresário surpreeende ao atribuir à indústria textil o papel de maior “tricheira de inclusão social”, em referência à urbanização propiciada pela Revolução Industrial, há 250 anos na Inglaterra.

Da história ao presente, Flavio Rocha destaca a última proeza da indústria textil, na China. Segundo ele, o trabalhador fabril do litoral chinês recebe hoje o mesmo, em dólar, que o brasileiro. “Há 20, 30 anos, recebia 10%. Mas hoje, o poder de compra (do chinês) é três vezes maior”.

Rocha defende que o Brasil adote medidas “duras” e “cortes nos gastos públicos”. Diz ainda que o eleitor está ganhando “cidadania tributária” e afirma que faltam empresários na política.

Ao analisar a composição do novo governo, defende a escolha de „nomes notáveis‰ para a área econômica, e diz que o mesmo critério deveria ser seguido nas outras pastas. “A mesma prática que aconteceu ao designar os nomes para a área econômica devia ter sido tomada para todos os ministérios”.

No É Notícia, Flávio Rocha fala também sobre o “consumidor milenium”, explica o conceito de “fast fashion” e as decisões empresariais orientadas pelo “ótimo global”, em detrimento da lógica local.

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