Por Silvino Júnior
A disputa para os governos estaduais em 2026 tem três jovens políticos como favoritos em seus estados: Allyson Bezerra (RN), João Campos (PE) e Nikolas Ferreira (MG). Com perfis distintos, eles se destacam pelo uso estratégico das redes sociais e pelo forte apelo popular.
Allyson Bezerra tem 32 anos e atualmente é prefeito reeleito de Mossoró, liderando todas as pesquisas para o governo do Rio Grande do Norte. Sua estratégia tem sido manter independência política, recusando alianças que comprometam seu protagonismo. Seu principal adversário hoje é Rogério Marinho, com quem disputa o mesmo eleitorado. Allyson negou ter um vice-prefeito indicado por Rogério, preferindo um nome da sua confiança que lhe permita renunciar a prefeitura em abril para entrar na briga a nível estadual.
João Campos, de 31 anos, prefeito de Recife, também aparece à frente nas pesquisas para governador de Pernambuco. Filho do ex-governador Eduardo Campos e bisneto de Miguel Arraes, ele alia um forte capital político herdado à modernização de sua imagem nas redes sociais. Apesar da boa avaliação da atual governadora Raquel Lyra, João Campos desponta como o principal nome na disputa e é uma promessa da esquerda.
Nikolas Ferreira, deputado federal por Minas Gerais, tem 28 anos e cogita disputar o governo estadual. Embora evite confrontar diretamente o governador Romeu Zema, que apoia a candidatura do vice Mateus Simões, Nikolas não descarta a possibilidade de entrar na corrida. Entre polêmicas e debates, ele está sempre no centro das atenções.
Os três jovens são lideranças com idades parecidas e têm algo em comum. Eles se destacam pela comunicação eficaz nas redes sociais, conseguindo humanizar suas imagens e fortalecer suas bases. Eles representam uma nova geração de políticos com grande alcance digital e apelo popular, o chamado “Personal Branding”, como é conhecido no marketing político. Allyson, João Campos e Nikolas não são apenas representantes, mas uma marca com valores, posicionamentos e uma narrativa própria. Se vão ganhar ou não e se essa tática funcionará, só o tempo dirá.