Toda vez que o prefeito Carlos Eduardo se refere à ex-prefeita Micarla de Souza, de quem foi companheiro de chapa e de administração (por um breve tempo) e se tornou adversário pessoal, ele costuma omitir o nome. Prefere dizer apenas “aquela senhora”.
Mas, como tudo na política é possível, o PV, que chegou ao poder com Micarla de Souza, está ensaiando a retomada da aliança com o atual prefeito, aliança que foi abandonada a partir do rompimento entre Micarla e Carlos Eduardo pouco depois da eleição de ambos, em 2004.
A rivalidade, que os dois vão levar para o túmulo, pode dar lugar a uma aliança política. O que significa apoio administrativo.
Impensável? Improvável?
Nada disso.
Tudo depende de um convite oficial por parte do prefeito Carlos Eduardo Alves.
É bom lembrar que o prefeito convidou o único vereador do PV na capital, o comunicador Luiz Almir, a apoiá-lo na campanha à reeleição em 2016.
Diga-se de passagem: o convite foi a Luiz Almir e não o PV, como acredita o presidente da legenda, o professor Rivaldo Fernandes.
É fácil entender por que motivo Carlos Eduardo não quer seu nome associado à sigla que – ele não se cansa de repetir – fez a pior administração da capital.
E como seria a participação de Luiz Almir no projeto de reeleição de Carlos Eduardo, de quem aliás ele foi um duro adversário na campanha de 2004, chegando ao segundo turno.
Luiz Almir assinaria a ficha de filiação ao PMDB, partido presidido pelo ministro e ex-deputado Henrique Eduardo Alves, que passou apoiar a administração de Carlos Eduardo e já assegurou o direito de indicar o candidato a vice-prefeito nas eleições do próximo ano.
Resta saber se o PV vai liberar Luiz Almir sem exigir o seu mandato de volta?
Por força das novas regras da minirreforma política, foi sancionada a tal “janela” que concede o direito a qualquer parlamentar de mudar de partido 30 dias antes do prazo das filiações partidárias que agora foi postergado para o início de abril de 2016.
E como fica o PV nesta história?
Voltaria a ser a mesma legenda de aluguel que já serviu para o uso de vereadores, deputados e até de suplente de senador?
Ou o Partido Verde acha que o seu passado o condena e quer mantê-lo camuflado?
Com a palavra o Presidente Rivaldo Fernandes.
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