15 - mar/25

Por Silvino Júnior

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, que é do União Brasil e uma referência para parte da oposição de Assú, ainda não fluiu como gestor. A capital do estado volta a sofrer com as fortes chuvas, e os problemas de infraestrutura ficam evidentes: bueiros entupidos, lagoas de captação transbordando, ruas alagadas e a população carente clamando por assistência. A cada reportagem transmitida no RNTV sobre o assunto, o sentimento que parece existir nas ruas de Natal é de abandono, e a ausência do prefeito no enfrentamento da crise a cada chuva é cada vez mais questionada.

A percepção pública sobre um gestor é essencial na política. Mesmo que ações sejam tomadas, se não forem comunicadas de forma eficiente, a impressão que fica é a de inércia e que nada foi feito. Paulinho Freire já havia sido duramente criticado em fevereiro, quando foi flagrado se divertindo em um show do Raça Negra, em São Paulo, enquanto Natal sofria com as chuvas. O mote vendido pelo marketing da prefeitura “cadê o prefeito?” para minimizar as críticas, nunca fez tanto sentido.

A obra da engorda da Praia de Ponta Negra, vendida como uma grande vitrine e tratada como a responsável pela vitória nas urnas de Paulinho Freire, tornou-se ponto de insatisfação. Mesmo com a Prefeitura do Natal alegando que a drenagem foi concluída, a área enfrenta alagamentos, afastando turistas e prejudicando ambulantes que dependem do movimento para sobreviver.

Para a oposição de Assú, que comemorou nas redes em outubro do ano passado o êxito no pleito eleitoral de Paulinho Freire, a gestão dele é um exemplo negativo que não deve ser seguido. Enquanto isso, os natalenses seguem com água na cintura e sem respostas.

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