Por Silvino Júnior
Setores da Oposição falam que existe uma tentativa de se criar um clima de desunião entre o ex-prefeito Ivan Júnior e a atual vice-prefeita de Assú, Fabielle Bezerra. Não entrando nesse mérito, mas sim na conjuntura do cenário político, ambos sabem que alguém vai sair perdendo quando definirem a formação da chapa para a eleição do dia 06 de outubro.
Ivan foi candidato a vice-governador recentemente, perdeu uma eleição em 2020 por apenas cinco votos, alçou a esposa como candidata a deputada federal e se mantém no xadrez eleitoral pelo seu histórico e pelo seu recall. Se ele cede a cabeça de chapa para Fabielle, ele não terá garantia nenhuma de que Fabielle vai cumprir com os acordos firmados e o que ela poderá fazer se chegar à prefeitura.
Considerando a hipótese de que Fabielle poderá se fortalecer com toda a estrutura administrativa em mãos, ela buscaria em pouco tempo alinhar seu grupo político e assumir a liderança da oposição sozinha, escanteando Ivan, uma vez que sendo vice ou tendo um representante na posição de candidato a vice, Ivan não reuniria condições de fazer frente a sua então aliada.
Por outro lado, Fabielle também sabe que terá trocado seis por meia dúzia, caso termine como vice novamente, dessa vez, na oposição. Além de adiar o sonho de ser prefeita, perde todo o esforço e o investimento que realizou até aqui para se lançar como candidata principal da chapa.
Na frente do eleitor, a imagem vendida é de união, com sorrisos, abraços, fotos e muitos cumprimentos. Por trás, a relação é de ameaças internas a todo instante e nenhum resquício de confiança. Eles sabem que o inimigo dorme ao lado.