O agravamento do aquecimento global nos últimos anos junto aos eventos climáticos extremos recentes, como as enchentes que atingiram 458 cidades no Rio Grande do Sul, levanta a possibilidade de uma extinção da humanidade devido às variações de temperatura no planeta. Cientistas ouvidos pelo Terra alertam que as mudanças climáticas podem ser mais extremas, catastróficas e indicar o colapso da humanidade até o fim do século.

Na avaliação de Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, a população humana deve se preparar para cenários pessimistas decorrentes do aquecimento global, em um período curto. “Podemos chegar ao aquecimento médio de temperatura no planeta de aproximadamente 4 graus, se nada for feito e se continuarmos acelerando a emissão de gases. Com 4 graus, a extinção em massa de espécies no planeta é algo seguro e garantido”, alerta.

Astrini cita o relatório de 2023 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com mais de 600 cientistas. O documento detalha as consequências devastadoras do aumento das emissões de gases do efeito estufa em todo o mundo. Já o diretor científico da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Francisco Milanez, ressalta que a pior catástrofe socioambiental da história do Rio Grande do Sul é um grande alerta.

“Tanto o planeta como o Brasil estão emitindo alertas constantes por meio desses eventos climáticos extremos. Nunca vimos isso na história do País”, conta.

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