EDITORIAL – CARGOS: qual a verdadeira face da entrega de cargos de Fátima Bezerra?

Que o PT é um amontoado de tendências todo mundo já sabia.

No Rio Grande do Norte isso já ficou evidente por mais de uma vez e, principalmente, por ocasião da última eleição para o diretório estadual, quando os grupos ligados a Fernando Mineiro e Fátima Bezerra se digladiaram em público.

Mas a divisão do PT continua a produzir estragos e exibir suas contradições.

E o alvo agora pode ser a administração do governador Robinson Faria.

Quando decidiu apoiar o então candidato a governador, o PT levou suas alas. E na hora de compor o novo governo, o partido acatou indicações feitas pelas diversas correntes.

Me dizia um Petistas ontem que a ala de Mineiro e Eraldo Paiva, vereador e presidente regional do PT, indicou os secretários Francisco das Chagas Fernandes (Educação) e Divaneide Basílio, da Juventude.

A corrente de Fátima Bezerra indicou Raimundo Costa para a Secretaria de Assuntos Fundiários e Rodrigo Bico para a Fundação José Augusto.

O grupo do vereador Hugo Manso indicou César Oliveira para a Emater e Tereza Freire, mulher de Hugo, para a Secretaria da Mulher. O ex-vereador Juliano Siqueira, adjunto da Seara, foi indicação do grupo do vereador Fernando Lucena.

César Oliveira foi apoiado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) e Raimundo Costa que é ligado a Senadora Fátima teve o apoio da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetarn). Ambos os nomes acatados pelo partido Todos os demais nomes foram indicados diretamente pela Executiva estadual do PT.

Agora, Rodrigo Bico, que comanda ou deveria comandar a área que tem um dos desempenhos mais fracos de todo o governo, anuncia a decisão de deixar a administração estadual. Diga-se de passagem, que a saída de Bico, aquele do cartaz do “Impitma é meuzovo” tem sido comemorada do Oiapoque ao Chuí.

De toda forma, os outros indicados permanecem.

A senadora Fatima Bezerra rompe sem romper.

Comenta-se que está insatisfeita. Pela falta de espaços dentro do próprio partido e por ter perdido a indicação do comando da CBTU para o deputado Fábio Faria.

Mas, em vez de admitir os verdadeiros motivos, a ala da senadora Fátima Bezerra ensaia um rompimento com o governo. Um rompimento parcial e unilateral e que fica claramente exposto que o problema FOI POR CARGOS.

Bem próprio da guerra de alas e correntes do PT.

Cujas demais alas garantem que vão continuar no governo.

Esquisito, não?

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