Por Silvino Júnior

Fabielle Bezerra oficializou neste sábado, 09, sua chegada ao partido progressistas (PP). O ato de filiação da atual vice-prefeita de Assú era uma chance dela impactar o quadro político local, realizasse um evento apoteótico que surpreendesse todos, acenasse ao eleitorado indeciso e mostrasse que ainda está no páreo da corrida eleitoral à prefeitura, após os efeitos negativos da pesquisa TCM\TS2 divulgados há 9 dias.

A impressão que passa é que o grupo de Fabielle não está conseguindo manter o gás em um momento tão crucial, que é o início da pré-campanha. Além disso, parece existir também um certo clima de conformismo. A presença de Dra. Vanessa no ato reforçou a união das duas e enfatiza que ambas estarão no mesmo palanque, mas a atmosfera da solenidade foi algo muito apático e protocolar, que se distancia totalmente da energia, da intensidade e da potência que Fabielle e seus aliados costumam transmitir nas redes sociais.

Disputando a posição de cabeça de chapa da oposição com Dra. Vanessa, Fabielle não está conseguindo encontrar um espaço efetivo que lhe permita alçar a essa condição, a mesma situação que aconteceu com os nomes da terceira via presidencial em 2022. Isso pode ser atribuído a falta de posicionamento que mostrou ao longo dos meses no contexto eleitoral, ao não se projetar como uma liderança que é prol da mudança ou da permanência do grupo que se encontra no poder.

O ato de filiação da vice-prefeita foi um deleite para o QG de campanha de Dra. Vanessa, onde os aliados podem até não admitir publicamente, mas a médica está se viabilizando como a verdadeira candidata da oposição.

A popularidade de Dr. Gustavo e a aprovação da gestão criam a perspectiva da continuidade. Será uma eleição sobre Passado x Presente, Soares x Grupo de Ivan Júnior.  A asfixia que acontece na candidatura de Fabielle ilustra que o eleitorado ainda prefere os dois principais concorrentes, por terem posições, identidade, histórico político e objetivos muito claros.