19 - dez/20

Circula desde ontem nas redes sociais e em grupos de WhatsApp um vídeo feito pelo Miqueias Andrade, pai de uma criança autista, mostrando o momento em que recolhia móveis e objetos do apartamento em que morava com a família.

No vídeo gravado na sexta-feira (19), Miqueias relata estar sendo ‘expulso’ do condomínio Esplanada dos Jardins II, no Parque das Nações, em Parnamirim.

O motivo, segundo o próprio Miqueis afirma, seria a quantidade de multas recebidas. Miqueias e a esposa Edilene são pais de uma criança diagnosticada com autismo. “Nós estamos sendo discriminados aqui nesse condomínio”, diz ele no vídeo.

“A gente está sofrendo. Desde a pandemia, esse pessoal não arreda o pé, começaram a mandar multas sem necessidade”, complementa Miqueis que ainda diz: “Tem gente que é intolerante, a gente pede socorro, isso não pode existir, isso é uma discriminação”, desabafa.

Miqueias e a família residiam no condomínio há dez meses como inquilinos. Ele contou que o proprietário do imóvel, no início de tudo foi complacente com a situação, mas por fim, acabou solicitando o apartamento.

Multas recebias por Miqueias em março e em julho descrevem que os moradores do apartamento no qual ele residia “tem produzido barulho dentro do horário que se deve guardar silêncio (arrastar móveis, batido de porta, pisadas forte como corrida…)”, diz um dos documentos.

Ainda no mês de março, Miqueias e a esposa apresentaram aos condôminos uma carta justificativa mostrando dados sobre os diagnósticos de autismo e surdez moderada do filho de 5 anos de idade, buscando a compreensão dos vizinhos e da gestão do condomínio.

Miqueias também afirma que em uma reunião, também em março, solicitou evidências de que os barulhos seriam provocados pela criança, mas que não obteve retorno algum a administração do condomínio nesse sentido e que também buscou o subsíndico para falar sobre o assunto.

Desde então, Miqueias afirma que passou a se sentir perseguido e receber outras multas, segundo ele, por outras razões e sem fundamento. “Tudo por conta de eu querer defender essa questão do meu filho. Eu queria mostrar que era uma discriminação”.

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