Oposição tenta destruir imagem de Paulinho

Por Silvino Júnior

Desde que desembarcou do grupo da oposição para a situação, Paulinho do Acredito tem sofrido com uma artilharia de ataques que está sendo disparada pelos antigos aliados. Para provocar danos políticos à sua imagem, a metralhadora está projetada em um cinto de munição recarregado de matérias agressivas, vídeos antigos com discursos de Paulinho e imagens lançadas em grupos de WhatsApp, uma tentativa de usá-lo como bode expiatório para fritar sua reputação e vender a ideia de que ele estaria sendo incoerente com o que pregou no passado e não haveria mais salvação.

Em 2017, Geraldo Alckmin dizia que “Lula queria voltar à cena do crime”. Hoje, é vice de Lula na presidência. Seria “oligarquia”, termo que Paulinho chegou a empregar em suas falas, pior que essa declaração do Alckmin? Claro que não. Na eleição de 2018, Bolsonaro disse que Alckmin havia se aliado na campanha “do que há de pior na política” ao falar sobre o bloco do centrão. Depois de eleito, Bolsonaro cooptou eles para o governo e se tornou refém deles. Seria isso pior do que Paulinho disse e fez? Não.

Estou me limitando ao cenário nacional, mas na política de Assú, Paulinho não foi o primeiro e nem será o último a migrar de lado político e rever suas posições. Posições invertidas que é uma prática comum, inclusive, daqueles que hoje miram nele. Talvez, o ineditismo aqui, esteja em Paulinho sofrer uma carga de provocações que caciques locais não chegaram nem perto de passar pelo mesmo nos tempos atuais.

Claro, imagino que Paulinho terá que analisar o contexto eleitoral do momento, conversar com suas bases, avaliar se é necessário um mea-culpa e reposicionar sua imagem e seu comportamento pessoal em meio aos tiros que estão sendo efetuados contra ele no momento.

Mas o fogo amigo e o isolamento que sofreu em 2022 quando esteve com os atuais opositores dentro do União Brasil, hoje se transformou em algo muito pior, virou revanchismo. A oposição torce pelo fracasso de Paulinho nas urnas, para ter a chance de desengatilhar as balas que restaram e dizer que ele errou ao trocar de lado.

 

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