29 - set/23

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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai investigar a conduta de Marcelle Decothé da Silva (foto), ex-assessora especial da ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial. Ela foi exonerada na última terça-feira após criticar a torcida do São Paulo na final da Copa do Brasil.

O subprocurador-geral, José Carlos Cosenzo, encaminhou o caso para o Fórum Criminal da Barra Funda. O promotor de Justiça com atribuição vai examinar e tipificar a conduta de Marcelle, ou seja, adequar ao crime específico que ela supostamente teria cometido.

Depois disso, a ex-assessora será investigada e serão reunidas provas — neste caso, principalmente as mídias onde foram publicadas as falas dela contra são-paulinos.

Assim como Anielle, Decothé —também flamenguista— viajou a São Paulo em avião da FAB e assistiu no Morumbi à final da Copa do Brasil, em que o Flamengo foi derrotado pelo São Paulo. A ministra alegou ter viajado para o lançamento de uma ação contra o racismo e se disse vítima de “violência de raça”.

Nas suas redes sociais, a assessora de Anielle foi preconceituosa com a torcida do São Paulo, que chamou de “torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade…”, e com os paulistas (“pior tudo de pauliste”), sempre usando a chamada linguagem neutra. As postagens provocaram uma enxurrada de críticas, vindas inclusive de apoiadores de Lula.

Na nota que divulgou nesta terça, o Ministério da Igualdade Racial escreve que “reafirma seu compromisso inegociável com a promoção de direitos e com a igualdade étnico-racial, a partir de princípios como a transparência e o cuidado”.

“De acordo com esses princípios, e para evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interfiram no cumprimento de nossa missão institucional, informamos que Marcelle Decothé da Silva foi exonerada do cargo de Chefe da Assessoria Especial deste Ministério na data de hoje”, prossegue o comunicado.

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