27 - jul/25

A operação que resultou em 22 horas de confronto e, depois, na morte do criminoso conhecido como Marcelo Pica Pau foi motivada pela investigação envolvendo a morte da jovem Maria Bruna, em uma estrada em Ceará-Mirim. A informação foi confirmada pela própria Polícia Civil do RN. Pica Pau teria envolvimento direto na morte. Veja no texto abaixo:

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia Especializada em Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (DEPROV), da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos (DEFUR) e da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar (BOPE/PMRN), do Ciberlab, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deflagrou, neste sábado (26), a “Operação Cratos”, com o objetivo de cumprir mandados judiciais contra integrantes de uma organização criminosa com atuação interestadual. A ação ocorreu no município de Extremoz, na Grande Natal.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais, os policiais civis foram recebidos com tiros de fuzil e explosivos por Marcelo Johnny Viana Bastos, conhecido como “Pica Pau”, apontado como um dos criminosos mais procurados do estado. Na ocasião, houve intenso tiroteio, resultando em seis agentes feridos — quatro policiais civis e dois policiais militares — todos socorridos, sem risco de morte. Durante a ação, uma mulher, companheira do investigado, foi atingida, socorrida, mas faleceu no hospital. Um segundo suspeito também foi alvejado, falecendo no local.

 

Após um longo período de negociação conduzida pelo BOPE da PMRN, ele se recusou a se render. Diante da resistência e do confronto armado, foi atingido e neutralizado no local, na manhã deste domingo (27). Marcelo Johnny era investigado por diversos crimes graves, incluindo o latrocínio da jovem Maria Bruna Pereira Assunção, de 27 anos, ocorrido em junho de 2025, no município de Ceará-Mirim, além do roubo a uma empresa de valores localizada em um supermercado de Natal, ocasião em que um vigilante foi morto e uma quantia em dinheiro subtraída.

A operação contou ainda com o apoio da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, por meio do BOPE, do Batalhão de Choque e do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM); da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE); do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER); da 23ª Delegacia de Polícia de Extremoz (23ª DP); da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) e da 1ª Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

As investigações apontam conexões do grupo com homicídios registrados nos municípios de Touros e em outras localidades da Grande Natal, apurados pela Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Marcelo possuía condenações e mandados de prisão preventiva em aberto por crimes como furto, homicídio qualificado, associação criminosa e uso de explosivos. O grupo utilizava veículos roubados na prática dos crimes e mantinha ramificações no estado de Pernambuco, onde também foram realizadas diligências, especialmente no município de Cabo de Santo Agostinho, em dezembro do ano passado.

O nome “Cratos” faz referência ao deus da força e do poder na mitologia grega, representando a firmeza e a autoridade do Estado na repressão a organizações criminosas de alta periculosidade.

As investigações seguem em andamento. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte reforça que informações podem ser repassadas, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.

 

Arquivo

Publicidade