20 - dez/21

Familiares falam sobre o caso da mulher morta após procedimento de hidrolipo

Familiares falam sobre o caso da mulher morta após procedimento de hidrolipo

O grupo de WhatsApp do médico Brad Alberto Castrillón Sanmiguel sofreu uma debandada de pacientes e possíveis clientes após a morte da diarista Maria Jandimar Rodrigues, de 39 anos, após um procedimento na sexta-feira (17).

O grupo era restrito, e somente administradores podiam mandar mensagens.

Grupo de WhatsApp de médico cuja paciente morreu após hidrolipo tem debandada — Foto: Reprodução

Grupo de WhatsApp de médico cuja paciente morreu após hidrolipo tem debandada — Foto: Reprodução

Pelo canal a clínica postava informações e a tabela de preços para 2022.

A TV Globo apurou que os valores pedidos por procedimentos como abdominoplastia e retirada de pele estavam abaixo da média do mercado.

Tabela de preços de procedimentos da clínica do médico Brad Sanmiguel — Foto: Reprodução

Tabela de preços de procedimentos da clínica do médico Brad Sanmiguel — Foto: Reprodução

Parentes depõem

O marido e a filha de Maria Jandimar, que devem prestar depoimento nesta segunda-feira (20) na 27ª DP (Vila da Penha), na Zona Norte do Rio, ainda tentam descobrir quem lhe indicou o profissional.

“Eu estou com o telefone dela e procurei conversas para saber se alguém indicou, mas ainda não achei. Eu sei que alguém indicou, pois ela vinha conversando com muitas amigas que já fizeram”, disse Wagner Vinícius Carvalho, marido de Maria Jandimar.

Maria Jandimar Rodrigues tinha 39 anos e era diarista — Foto: Reprodução/ TV Globo

Maria Jandimar Rodrigues tinha 39 anos e era diarista — Foto: Reprodução/ TV Globo

Perícia

A clínica onde a diarista Maria Jandimar Rodrigues, de 39 anos, fez dois procedimentos de hidrolipo foi interditada no sábado (18).

Uma perícia será realizada no local. O médico responsável pelo procedimento, que trabalhava em um prédio no anexo do Carioca Shopping, na Zona Norte do Rio, também deve prestar depoimento.

Maria Jandimar fez um primeiro procedimento de hidrolipo no dia 10 de dezembro e outro no dia 17 do mesmo mês. Ela não resistiu e morreu após a segunda etapa do tratamento.

A família de Maria contou ainda que ela fez os exames pedidos pela clínica, antes do procedimento, e que ela gastou cerca de R$ 5 mil no procedimento.

““Ela fez o risco cirúrgico, o ultrassom que ele pediu também, todos os exames. Ela perguntou: ‘eu preciso levar os exames?’ e responderam que não, que era só mandar por foto, no Whatsapp”, disse Wagner.

Médico colombiano Brad Sanmiguel — Foto: Reprodução

Médico colombiano Brad Sanmiguel — Foto: Reprodução

Filha viu mãe passar mal

 

Segundo os familiares, ela se sentiu mal entre os dois procedimentos e reclamou de dor, vômitos e boca dormente.

Após esperar pela mãe, Brenda Rodrigues, filha da diarista, a viu passar mal na calçada da clínica.

“Já estava no chão, em uma cadeira de rodas, na frente. Mas eu não imaginei que era a minha mãe ali no chão. E eu estava a todo momento, assistindo todos os procedimentos”, disse a jovem.

O médico Brad Castrillon foi levado para a delegacia de Vicente de Carvalho, onde ficou em silêncio e foi liberado após apresentar a documentação da clínica.

O marido da diarista disse que também tentou saber o que aconteceu.

“Eu perguntava qualquer coisa para ele, mas ele abaixava a cabeça e não respondia nada”, afirmou o marido de Maria Jandimar.

A Polícia Civil disse que o local estava com a documentação em dia e que o médico tinha habilitação pra fazer esse tipo de procedimento.

De acordo com investigadores, o médico apresentou um certificado de cirurgião plástico, que é quem tem autorização para fazer hidrolipo.

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