Por Silvino Júnior
Em novembro de 2022, foi revelado que a vice-prefeita de Assú, Fabielle Bezerra, teria se filiado ao PSDB sem comunicar a mudança de partido ao grupo da qual fazia parte. Na época, Fabielle lançou uma nota à população que não desmentiu a informação que foi veiculada, tendo apenas dito que sua “filiação seria averiguada com prioridade”. 9 meses depois, ela surgiu em uma foto ao lado de Ezequiel Ferreira e do Governador do RS, Eduardo Leite.
Recentemente, Fabielle apareceu com o Prefeito de Pedra Grande, Pedro Henrique, que é do PSDB. Apesar de ter cortejado a legenda e vendido nas redes sociais uma aproximação com o tucanato potiguar, Fabielle nunca ganhou o respaldo do PSDB para apoiá-la em seu projeto de disputar à prefeitura do Assú. Seria isso uma alusão a uma velha frase que diz: “Nem sempre o que se vê é o que se parece?”.
O PSDB elegeu em 2020 no RN 31 prefeitos, 25 vice-prefeitos e 244 vereadores, histórico que coloca o partido em uma posição de destaque e que permite ser cobiçado por qualquer grupo político. Agora, filiada ao PP e com o aval de João Maia, Fabielle ganhou fôlego na corrida eleitoral, mas ainda atravessa dificuldades para articular e costurar outras alianças que possam alça-la como candidata a prefeita.
Enquanto isso, com três partidos no entorno, Ivan Júnior projeta a esposa Vanessa Lopes como a cabeça de chapa da oposição. Mesmo revelando que não existe desunião e que todos estão juntos, aliados do ex-prefeito garantem que Vanessa reúne maiores condições.
O cenário indica que a chapa da oposição em Assú será 100% feminina, tendo Vanessa à frente da chapa. Fabielle terá uma dura missão até agosto, período das convenções. Sobreviver ao fogo amigo que está sendo disparado no escuro e à queima roupa pelos próprios agregados que falam em “união”. Cercada, ela sabe que não existe confiança de nenhum lado.
Vanessa já supera Fabielle em engajamento nas redes e conta com aliados que se preocupam em proteger as próprias retaguardas. Por outro lado, a base da vice-prefeita se comporta como quem já aceita a condição de ser vice novamente.
