_Oficina promovida pelo Conjunto Fotovoltaico Assú Sol capacitou moradores de quatro comunidades para a produção artesanal de sabonetes fitoterápicos e extratos naturais com espécies nativas_
Assú (RN) – Produzir sabonetes artesanais com o que a natureza oferece e transformar esse conhecimento em
fonte de renda. Essa foi a proposta da oficina “Produção de sabonetes fitoterápicos com plantas da Caatinga”, realizada pelo Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, da ENGIE Brasil Energia, no município de Assú (RN). A atividade foi realizada como parte das ações do Programa de Educação Ambiental (PEA) do empreendimento.
Com oficinas realizadas nas comunidades de Professor Maurício de Oliveira, Olho D’Água do Mato, Compasa e Bela Vista Piató, a iniciativa beneficiou diretamente 68 participantes. A proposta envolveu práticas sustentáveis, valorização dos saberes tradicionais e o uso de insumos acessíveis para a criação de produtos com potencial mercadológico.
Durante os encontros, os participantes aprenderam todo o processo de produção de sabonetes naturais à base de glicerina, enriquecidos com extratos de plantas medicinais da Caatinga, como juazeiro (Sarcomphalus joazeiro) e ameixa-da-caatinga (Ximenia americana). Também foram produzidos extratos botânicos e discutidas técnicas de manejo sustentável das plantas, além de estratégias de comercialização, precificação e apresentação dos produtos.
Para o gerente de projetos da ENGIE, Giuliano Pasquali, a oficina fortalece a autonomia das comunidades e amplia
suas possibilidades de geração de renda. “Acreditamos na força do conhecimento e da natureza. Ao capacitar essas comunidades para a produção de sabonetes com plantas da Caatinga, contribuímos para o uso sustentável da biodiversidade e para o fortalecimento da economia local, com base em práticas que respeitam o meio ambiente e valorizam a cultura regional”, afirmou.
Como forma de garantir a continuidade da produção, a ENGIE entregou kits com todos os insumos e utensílios
necessários para as atividades, incluindo panela esmaltada, jarras medidoras, espátulas de silicone, álcool de cereais, argila, essências aromáticas e corantes. Além disso, foram distribuídas 92 mudas de plantas nativas com potencial fitoterápico, como jucá, juazeiro, cumaru e angico.
Franciane Bezerra, liderança da comunidade quilombola de Bela Vista Piató, comemorou a iniciativa. “Foi uma experiência maravilhosa, apesar do pouco tempo de oficina. Muita gente aqui nunca tinha feito um sabonete e saiu da oficina com um produto pronto e o conhecimento para continuar produzindo. Isso é muito importante para nós, principalmente para as mulheres que querem empreender e melhorar a renda da família com algo que vem da nossa própria terra”, afirmou.