21 - dez/25

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou neste domingo que existem “forças ocultas” atuando dentro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para alterar as regras que limitam a quantidade de voos no Aeroporto Santos Dumont. A declaração foi feita em publicação nas redes sociais.

Segundo Paes, a política de restrição implementada em 2023 é fundamental para a coordenação do sistema aeroportuário da cidade e para o fortalecimento do Aeroporto Internacional do Galeão. Ele citou um despacho da Anac que convocou companhias aéreas, no último dia 17, para uma reunião com o objetivo de discutir uma possível flexibilização das regras em vigor.O prefeito relacionou a iniciativa ao processo de relicitação do Galeão, prevista para ocorrer em março de 2026, e afirmou que a movimentação da agência ocorre após esforços do governo federal e do Tribunal de Contas da União para viabilizar o acordo. Paes classificou como inadequado o uso de um entendimento firmado no TCU para embasar a mudança, argumentando que o objetivo do acordo era preservar a política pública de fortalecimento do aeroporto internacional.

Na publicação, o prefeito mencionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmando confiar que o governo federal não permitirá alterações que ameacem o modelo adotado. Procurada, a Anac não se manifestou até a publicação da matéria.

Desde outubro de 2023, o Santos Dumont opera com restrições de movimentação, incluindo limite de passageiros e, a partir de 2024, voos apenas dentro de um raio de até 400 quilômetros. Com a medida, o Galeão registrou crescimento no número de passageiros, alcançando 7,9 milhões em 2023, alta de 35% em relação ao ano anterior.

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