09 - out/15

 

Em Pau dos Ferros, uma meia dúzia de puxa sacos estão aplaudindo cegamente o gesto de “bom samaritano” do prefeito Fabrício Torquato que encaminhou um projeto de lei ao Poder Legislativo dando conta de sua intenção de reduzir o próprio salário, do vice-prefeito, secretários e outros cargos pelo ínfimo período de três meses, como se tal ato administrativo fosse suficiente para atenuar a crise financeira, supostamente, enfrentada pelo município.

Além do mais, foi determinado aos integrantes da ‘imprensa faminta por dinheiro público’ que divulgassem textos alegóricos propagando o conteúdo do projeto de lei como sendo uma mirabolante solução para conter gastos, evitar demissões e atrasos de salários, sempre acompanhados de expressões do tipo: “cortar na própria carne”, simbolizando uma espécie de “sacrifício em nome da instituição pública”.

Contudo, há quem diga que tudo não passa de dramatização, haja vista o curto período de suspensão dos salários, a diferença estratosférica entre os gastos efetuados pela municipalidade em comparação com a insignificante economia que será realizada e um fato de conhecimento público: as constantes nomeações de novos cargos comissionados no Diário Oficial do Município, apesar da propalada crise.

Em verdade, para muitos a manobra administrativa do prefeito Fabrício Torquato estaria camuflando suas verdadeiras intenções maquiavélicas de tentar segurar os seus apaniguados comissionados que, diante da “choradeira administrativa” do gestor municipal, certamente teriam que ser exonerados, haja vista a necessidade do alcaide de sustentar a tese de “época das vacas magras” como justificativa para a inoperância de seu governo.

Outra argumentação interessante sobre a “atitude franciscana” adotada por parte do Chefe do Executivo insinua um possível desejo do gestor de protelar a convocação dos aprovados no concurso público do município, realizado no último mês de maio, que já foi devidamente homologado. Como se daria isso? Novamente com a ajudinha da ‘imprensa faminta por dinheiro público’ que provavelmente seguirá alardeando que falta dinheiro para tudo, até para chamar os inúmeros concursados aprovados. Haja engodo!

Enquanto isso, o prefeito vai ficando com a fama de bonzinho, os seus apaniguados vão ficando nos cargos comissionados, os concursados vão ficando na fila de espera, a ‘imprensa faminta por dinheiro público’ vai continuar ficando nessa tentativa de enganar a população e o município ficando cada vez mais desassistido de profissionais nas mais diversas áreas, sobretudo na saúde.

Que prefeito bonzinho, não é não??

Fonte: http://politicapauferrense.blogspot.com.br/