Movimento da CUT em Natal foi fraco, e foi marcado pela ausência do governador
O Novo Jornal é que faz a conta: o ato da CUT, com apoio de entidades sindicais e movimentos sociais, reuniu pouco mais de 2 mil manifestantes a favor do governo da presidente Dilma Rousseff.
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte estimou o público em pouco mais de mil pessoas.
O evento foi pacífico e durou menos de duas horas.
Apenas um incidente foi registrado, numa demonstração de intolerância, e por que não dizer de ignorância: uma equipe da afiliada da Globo em Natal foi hostilizada nas imediações da praça Sete de Setembro, na Cidade Alta, ponto final da manifestação.
As principais estrelas do PT potiguar, Fátima Bezerra e Fernando Mineiro, não poderiam faltar. Ainda mais Mineiro, duramente atacado nas redes sociais por convocar a militância para o ato.
Quem faltou, e deveria ter ido, foi o governador Robinson Faria. O partido de Robinson, o PSD, tem ministro sentado na coordenação política do Planalto, o Gilberto Kassab (Cidades).
Como se não bastasse este motivo, Robinson deve boa parte de sua eleição ao PT e a Lula.
Podemos afirmar que o ato da CUT não foi sucesso de público. Aqui e no restante do país.
A PM nos Estados estimou 33 mil pessoas, dos quais 12 mil em São Paulo, principal palco dos protestos.
Os organizadores afirmam que foram mais de 170 mil nas 23 capitais e em Brasília, dos quais quase 100 mil em SP.
Portanto, pouca gente nas ruas se compararmos com o público de mais de 1 milhão de pessoas em apenas um dia nas manifestações de junho de 2013, na chamada ‘primavera tropical’.
Natal ficou entre as dez cidades com maior público no ato da CUT em todo o país, superando capitais como Fortaleza, Belém e Goiânia.
Amanhã (15) será a vez do bloco do contra e de quem defende o impeachment de Dilma. Pelo mau humor já aferido em pesquisas de opinião, a expectativa é de um público bem maior, mais difuso e com maior probabilidade de fugir ao controle das autoridades da segurança pública.
O ato da CUT ontem, até pelo caráter mais institucional e sem infiltrados, foi marcadamente pacífico, bem-comportado.
O de amanhã? Só Deus sabe.