Macau e Areia Branca sempre caminharam lado a lado. Municípios vizinhos, de similar porte territorial, perfil populacional e características litorâneas. Mas um detalhe chama atenção nas administrações públicas atuais: o custo do contrato de limpeza urbana, que difere drasticamente entre as duas cidades, mesmo sendo executado pela mesma empresa concessionária.
Em Areia Branca, o contrato anual com a empresa de limpeza gira em torno de R$ 8 milhões por ano. Já em Macau, a despesa com o mesmo serviço está orçada em pouco mais de R$ 2 milhões anuais.
A discrepância é tão gritante quanto inexplicável, pelo menos até agora. Afinal, trata-se de municípios com números semelhantes de habitantes, áreas urbanas equivalentes e nível parecido de geração de resíduos. Mesmo assim, a diferença entre os contratos ultrapassa os R$ 6 milhões por ano.
A pergunta que fica é: como a gestão dos “Veras” consegue “limpar” Macau com um valor tão inferior ao que Areia Branca paga?
Seria mágica? Redução de serviço? Terceirização seletiva? Corte de pessoal? Ou será que os números de Areia Branca é que estão fora da realidade?
Essa comparação abre margem para uma investigação mais profunda sobre os critérios de contratação, execução dos serviços e, sobretudo, a fiscalização dos contratos públicos. E mais uma vez, a população observa de longe sem transparência e sem explicações convincentes.
Fonte: Portal da Transparência