29 - abr/25

Por Silvino Júnior

O projeto Rota 22, iniciativa liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para fortalecer os quadros da direita com vistas às eleições de 2026, não teve a recepção esperada em Ipanguaçu. Com baixa participação popular, o evento expôs a resistência da cidade ao bolsonarismo.

Ipanguaçu deu 80% dos votos ao presidente Lula no segundo turno de 2022. No cenário regional, o Vale do Açu reafirmou esse alinhamento. Foram 73 mil votos para Lula, contra 22 mil para Bolsonaro, isso há três anos.

Mesmo com a queda de popularidade do atual presidente em certos setores, o desempenho de candidatos petistas ou alinhados à esquerda para presidente historicamente permanece forte no Vale do Açu. Atualmente, nenhuma liderança local se destaca por defender abertamente pautas mais conservadoras ou ligadas ao bolsonarismo, apesar de alguns estarem filiados ao PL.

As últimas figuras a tentar esse posicionamento foram Ivan Júnior, ex-prefeito de Assú, que apoiou Bolsonaro mas depois sinalizou interesse em cargos no governo Lula, o que dividiu opiniões, e Alaor Pessoa, ex-prefeito de Itajá, que admitiu voto no ex-presidente, mas não fez uma campanha intensiva pra ele.

Nos bastidores, o Rota 22 no RN também serve como palanque para projetar o senador Rogério Marinho, que almeja o Governo do Estado. No entanto, Rogério Marinho ainda aparece bem atrás nas pesquisas, com o atual prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, liderando com folga a disputa. O fato, é que o lulismo segue forte e enraizado no eleitorado de Ipanguaçu e de várias outras cidades do interior potiguar.

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