04 - fev/25


Por Silvino Júnior

Ainda é cedo para um julgamento definitivo, mas o Prefeito de Natal tem superado qualquer um até agora e não é no bom sentido. Paulinho Freire demitiu a Secretária de Saúde em menos de um mês de mandato. Todo mundo sabe que a saúde é o carro-chefe de qualquer governo. A troca precoce mostrou que a administração dele não tem estabilidade, parece uma gestão perdida, que cede a pressões internas e que não tem planejamento.

Antes disso, Paulinho já havia exonerado a Secretária de Políticas Para as Mulheres. Para piorar, ele colocou um homem como adjunto da pasta, o que gerou revolta entre lideranças femininas, que considerou a escolha um retrocesso e um sinal de falta de compromisso com a pauta.

O serviço seboso envolvendo a engorda da Praia de Ponta Negra também entra na lista, considerando que houve quem dissesse que essa obra garantiu a vitória do prefeito e iria melhorar a infraestrutura da praia mais famosa da capital potiguar, o que não aconteceu na prática e que só mostrou que o IDEMA sempre esteve certo quando pediu para que todas as exigências técnicas fossem cumpridas.

Paulinho Freire, sua vice e dois vereadores da sua base estão agora no centro de um escândalo. O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) pediu a cassação de todos eles ontem (03). Todos estão sendo acusados de terem cometido abuso de poder político e econômico.

O gestor já tinha demonstrado fragilidade quando ainda era candidato. Paulinho chegou a afirmar no debate da Inter TV ano passado que não teve tempo de conhecer o orçamento de Natal. Como alguém não conhece o orçamento do município que pretendia gerir?

É importante lembrar que a ex-prefeita Micarla de Souza, que saiu com rejeição de 92% em 2012, tinha Paulinho Freire na época como seu vice. Micarla sofreu com a crise econômica de 2008 e sofreu já no início também com suas péssimas escolhas, decisões e os rumos que o seu governo levou. Paulinho vai reeditar essa história? O que deveria ser um início firme está se transformando em um período de crise e pode terminar em descaso, se não contornado.

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