02 - mar/24

 

Foto: FM Princesa\Arquivo

Por Silvino Júnior

Faltando 7 meses para a eleição municipal de Assú, Fabielle Bezerra (PP) tem muitos motivos para se preocupar com o seu futuro político. De acordo com a recente pesquisa da TCM\TS2, o primeiro levantamento registrado neste ano na cidade, a vice-prefeita está em 3º lugar no cenário espontâneo e no confronto direto não chega a 25%, que equivale a um quarto do eleitorado.

Embora o número de indecisos ainda seja alto e possibilite espaço para mudanças no cenário, a situação de Fabielle Bezerra é hoje a mais dramática, considerando que ela tem buscado se projetar como cabeça de chapa pela oposição. A própria Dra. Vanessa, que disputa diretamente essa mesma posição, explorou em suas redes a pesquisa, mostrando que está marcando território e que seu grupo político confia na credibilidade do instituto.

O conjunto de dados não é nada favorável para a vice-prefeita. Na faixa etária do eleitorado de até 24 anos, que compreende uma boa parte dos usuários do Instagram, plataforma onde Fabielle tem muitos seguidores e uma presença digital forte, ela está 14 pontos atrás. Entre as mulheres, que representa a maioria do eleitorado em Assú, Fabielle também segue atrás do seu principal oponente por uma diferença de 21 pontos.

A Pesquisa da TCM é chocante para o QG de campanha de Fabielle por retratar uma realidade que é diferente do panorama das redes sociais. Meme, like e seguidores não necessariamente são votos, mas um propósito, que ajuda na construção de imagem e reputação do candidato. O mesmo vale para o carisma, que é uma habilidade que ela tem. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que é um expert da política, já até afirmou: ‘’Só carisma não vence eleição’’.

Se aceitar o papel de candidata a vice-prefeita na chapa, Fabielle reduz de tamanho politicamente e impulsiona o ex-prefeito Ivan Júnior a ressurgir a hegemonia do seu grupo. Se vai à luta em faixa própria, pode sobreviver, mas não vencer. Se sai candidata a vereadora, desperdiça todo o esforço que dedicou até aqui para a disputa majoritária e também corre o risco de se encastelar. Pelos números, Fabielle não pode no momento exigir muita coisa na mesa de negociações.