16 - dez/15

henrique_dolarO ministro Henrique Eduardo Alves defendeu junto aos ministros da Agricultura, Kátia Abreu, e da Fazenda, Joaquim Levy, o adiamento dos compromissos dos produtores rurais nordestinos com vencimento até 31 de dezembro deste ano. Ele argumentou com os colegas da esplanada que a economia rural está quebrada em decorrência da seca prolongada na região. “Sem prorrogação não haverá condições de pagamento das dívidas atuais. É melhor uma solução negociada, com o adiamento da dívida, que não receber nada, pois a situação no campo é muito mais grave que qualquer outra crise atual da economia brasileira”, disse Alves.

A proposta de renegociação das dívidas do setor rural do Nordeste, estimada entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões, já foi apresentada aos ministros da Agricultura e Fazenda pelas lideranças do campo. O ministro do Turismo acompanha de perto o projeto que será analisado pela equipe econômica para uma posterior negociação do governo com o Congresso Nacional no próximo ano. De imediato, os produtores, endividados, pediram a prorrogação de todas as execuções judiciais, cobranças da dívida ativa e dívidas bancárias que vencem este mês. A proposta de renegociação prevê o parcelamento da dívida em 10 anos a partir de 2016.

O impacto da prorrogação será mínimo, segundo o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte (Faern), José Vieira. “O apoio do ministro Henrique Alves é fundamental para conseguirmos um fôlego enquanto negociamos uma proposta definitiva para renegociação e liquidação das dívidas dos agricultores”, afirmou Vieira. O presidente da Federação espera que o apelo feito em reuniões seguidas, nos últimos dias, em Brasília, seja aceito. A expectativa é de que a postergação da dívida seja analisada na reunião do Conselho Monetário Nacional desta quinta-feira (17).