Logo em sua etapa de estreia na elite do surfe, na Austrália, no começo de 2015, ele eliminou ninguém menos que Kelly Slater, dono de 11 títulos mundiais. Não pararia por aí. Na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi a vez de vencer Mick Fanning, detentor de três títulos mundiais. E voltaria a bater Slatter, nas ondas de Fiji, para virar carrasco da lenda do esporte na temporada.
Nesta sexta-feira (30), ele até perdeu a final da etapa de Portugal, a penúltima da Liga Mundial de Surfe (WSL), para o compatriota Filipe Toledo. Mas não sem antes deixar pelo caminho Gabriel Medina. Ele, aliás, já havia ganho uma bateria do atual campeão mundial no começo da competição no mar de Peniche. Acabou desbancando o amigo e referência, que ainda luta pelo bi mundial, sonho agora mais distante. Tudo isso aos 21 anos.
E o UOL veio ao Rio Grande do Norte saber quem é Ítalo Ferreira. Natural de Baía Formosa, Ítalo começou a surfar ainda criança e pedia pranchas emprestadas a seus primos para cair no mar. Apaixonou-se pelo esporte. Começou a treinar no Instituto Marazul, onde pegava ondas com o conterrâneo Jadson André, que também faz parte da “Brazilian Storm” (Tempestade Brasileira, em tradução livre do inglês) – termo cunhado na WSL para descrever a geração de jovens e talentosos surfistas tupiniquins que invadiram o circuito mundial.
Ítalo Ferreira chegou à elite do surfe em 2015 após ficar em 7ª lugar no World Qualyfing Series (WQS), divisão de acesso do esporte, no ano passado. E chegou com tudo, esbanjando aéreos, com estilo ousado de surfar e sem medo dos grandes nomes do esporte. Como pode-se ver pelo seu retrospecto até aqui.