O secretário de Saúde do Estado, Ricardo Lagreca, foi a Caicó nesta quarta à noite para uma audiência pública realizada na Câmara, e que contou com a presença de prefeitos do Seridó, vereadores e do deputado Álvaro Dias.
“Nós somos solidários, não porque somos secretário de Saúde, mas porque isso é de nosso perfil”, disse Lagreca ao falar sobre o desabastecimento do Hospital Regional de Caícó.
Para Lagreca, o problema não é de hoje:
“Isso vai gerando situações de dívidas. 2012, 2013, 2014, restos a pagar. Isso gera o quê nos fornecedores? Falta de credibilidade nos governos. Então esta situação foi se acumulando”, explicou o secretário, justificando que a crise é permanente.
“Havia um processo de licitação normal, eletrônico, a melhor forma de licitação. Mas por conta desse paço inicial, 50% não foi atendido, que se agregou a outros paços, como por exemplo, os empenhos foram cancelados por conta do aumento do dólar. Nós procuramos outra alternativa, ou seja, carona – uma licitação que já houve em qualquer lugar do país. Não aceitaram. Então a alternativa falhou e aí está o resultado do desabastecimento”, explicou Lagreca, que apresentou uma terceira alternativa.
“Fundamentei bem as dispensas no valor de R$ 4 milhões para a compra de medicamentos, e ela já começou a funcionar com os hospitais sendo abastecidos. Ela vai viver por três meses, com o que está sendo comprado. Esse processo será continuado e, segundo o governador, há uma tendência que as finanças do Estado melhorem. Então não haverá possibilidade de uma recaída. Essa é a razão da nossa situação de desabastecimento. Nós não temos o que esconder, essa é a realidade. Nós vamos trabalhar para que isso não volte mais a acontecer”, disse um secretário pra lá de otimista.
“A verba de custeio que a Saúde tem mal dá para custear a Saúde. E não dá para investir, e nós temos que investir numa forma de cogestão com os municípios. Dentro do nosso programa de regionalização nós estamos projetando os hospitais essenciais ou estratégicos”, disse o secretário que voltou a falar do Hospital Terciário como meta da gestão, e a atenção básica como prioridade.
“Mas a regionalização é o nosso carro-chefe”, afirmou Lagreca, que saiu de Caicó prometendo um tomógrafo para o hospital, além do envio de medicamentos.